quarta-feira, 3 de junho de 2009

A profecia de Jesus: sinais e advertências

Posted by Grupo de coroinhas São Domingos Sávio On 08:28 0 comentários

A profecia de Jesus para o Seu retorno foi registrada no Novo Testamento, nos livros de Mateus (capítulo 24), Marcos (capítulo 13) e Lucas (capítulo 21). Sua profecia é diferente da de Daniel: ao invés de descrever a seqüência dos poderes do mundo, ela descreve os acontecimentos e condições do mundo que conduzem ao Seu retorno. Aqui está Mateus 24:
1. Ora, Jesus, tendo saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos, para lhe mostrarem os edifícios do templo. 2. Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. 3. E estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo [significando o final da presente condição de pré-Reino, não o final físico do mundo]. 4. Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos engane. 5. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão[como foi simbolizado pelo cavalo branco no sexto capítulo do Apocalipse]. 6. E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim. 7. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino [o cavalo vermelho]: e haverá fomes [o cavalo preto] e pestes [o cavalo amarelo], e terremotos em vários lugares. 8. Mas todas essas coisas são o princípio das dores. 9. Então sereis entregues à tortura, e vos matarão [o martírio do quinto selo]; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. 10. Nesse tempo muitos hão de se escandalizar, e trair-se uns aos outros, e mutuamente se odiarão. 11. Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos; 12. e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. 13. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. 14. E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim. 15. Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação da desolação [possivelmente, forças armadas estrangeiras, similares ao exército romano cerca de 70 AD] predita pelo profeta Daniel [em Jerusalém, talvez no monte do templo], (quem lê, entenda) 16. então os que estiverem na Judéia fujam para os montes; 17. quem estiver no eirado não desça para tirar as coisas de sua casa. 18. e quem estiver no campo não volte atrás para apanhar a sua capa. 19. Mas ai das que estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles dias! 20. Orai para que a vossa fuga não suceda no inverno nem no sábado; 21. porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. 22. E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias. 23. Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis; 24. porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. 25. Eis que de antemão vo-lo tenho dito. 26. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. 27. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem. 28. Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres. 29. Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. 30. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem [o sexto selo do Apocalipse], e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. 31. E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.
As semelhanças com as profecias do Apocalipse 6 são indubitáveis. Vemos as mesmas religiões enganosas, a guerra, a fome, as doenças, o martírio e os sinais no céu. Mas novas peças foram incluídas: a pregação do evangelho a todo o mundo; possivelmente, uma força militar estrangeira em Jerusalém; uma grande tribulação ou guerra que levaria todas as vidas humanas, se não fosse abreviada; falsos Cristos e profetas realizando grandes milagres; finalmente, a reunião dos eleitos.
Há de ocorrer uma pregação do "evangelho do Reino... no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações" antes do fim chegar. Isso certamente ainda não se concretizou (até o começo de 2001): a maior parte do mundo ainda não tem conhecimento do Reino de Deus, mas escrituras como o Apocalipse 3:8,9, indicam que perto do fim haverá uma "porta aberta" ou oportunidade para a pregação do evangelho. Esses versículos também sugerem, sem dizer diretamente, que a "porta" será aberta para dar aos crentes o poder de realizar milagres. Esses milagres atrairão a atenção para a mensagem do evangelho, assim como os milagres o fizeram no tempo de Jesus.
Jesus alertou as pessoas da Judéia (Israel) a "fugirem para as montanhas" se vissem "a abominação da desolação" no "lugar santo". A implicação é que eles fugiriam do perigo, talvez uma guerra, que eclodiria em ou ao redor de Jerusalém. Especulando-se, pode ser que a "abominação da desolação" refira-se às tropas estrangeiras "mantenedoras da paz" em Jerusalém, e, possivelmente, no monte do templo. Logo após essas forças chegarem em Jerusalém, elas começam uma guerra. Note que a destruição de Jerusalém pelos romanos, em 70 AD, tinha semelhanças com essa concretização do final dos tempos. Mas os romanos não destruíram Jerusalém por completo: o Muro das Lamentações ainda está de pé. É possível que durante a concretização dessa profecia do final dos tempos, o Muro das Lamentações seja destruído, realizando a declaração de Jesus de que "não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada". É possível que os poderes do mundo com "dez chifres" de Daniel serão responsáveis pela destruição de Jerusalém, mas isso é especulação.
Jesus profetizou que a violência em Jerusalém iniciará um período de "tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá". A "tribulação tão grande" parece ser um tempo de guerra, possivelmente nuclear, química ou biológica, tão terrível que "se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria". Apagaria toda a vida humana se não fosse detida. Mas antes de descrever como a tribulação seria abreviada, Jesus deu essa advertência:
23. Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis; 24. porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. 25. Eis que de antemão vo-lo tenho dito. 26. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. 27. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem.
Parece que a grande tribulação não é abreviada pelo retorno de Cristo, como alguns concluem. Jesus claramente advertiu para tomarmos cuidado com "falsos cristos e falsos profetas" – e não o Seu próprio retorno – após o fim da tribulação. Só no versículo 29, após advertir sobre os falsos cristos e profetas, Jesus voltou e explicou como a tribulação foi abreviada:
29. Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. 30. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão...
Esses versículos referem-se claramente aos mesmos eventos astronômicos que vimos no sexto selo do Apocalipse, capitulo 6. O escurecimento do sol e da lua, a grande chuva de meteoros e o desaparecimento das estrelas farão com que as atividades humanas parem, enquanto o mundo assiste espantado. Muito provavelmente são esses sinais que fazem com que a tribulação pare. E quando um símbolo ou sinal de Cristo aparecer no céu, todo o mundo terá uma evidência inegável de que existe um Deus, e de que Ele intervém nos assuntos humanos. É por causa da aparição do sinal de Cristo que o mundo irá, pela primeira vez, levar a sério o Seu retorno iminente. O aparecimento do sinal de Cristo irá instigar a humanidade a procurar, e alguns a falsificar, o Seu retorno, como Cristo claramente advertiu nos versículos 23-27, "falsos Cristos e falsos profetas" apareceriam na terra.
Outras profecias da Bíblia revelam mais sobre o falso Cristo, o Anticristo, e sobre um grande falso profeta que estaria no poder no final dos tempos. Lembram-se do "pequeno chifre" de Daniel, com "e uma boca que falava grandes coisas... Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo"? O Apocalipse 13:5-8, descreve o mesmo poder do mundo com essas palavras:
5. Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias; e deu-se-lhe autoridade para atuar por quarenta e dois meses. 6. E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome e do seu tabernáculo e dos que habitam no céu. 7. Também lhe foi permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe autoridade sobre toda tribo, e povo, e língua e nação. 8. E adorar-la-ão todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.
Note que em Daniel, "um tempo, e tempos, e metade de um tempo", ou três anos e meio, é a mesma extensão de tempo do Apocalipse, "quarenta e dois meses". Por três anos e meio, imediatamente antes do verdadeiro retorno de Cristo, o "pequeno chifre" reinará no mundo. Ele irá blasfemar contra Deus, dizendo-se Deus ou Cristo. Esse "pequeno chifre", ou "besta", ou "Anticristo", conspirará com um "grande falso profeta", descrito no Apocalipse 13:13-15:
13. E operava grandes sinais, de maneira que fazia até descer fogo do céu à terra, à vista dos homens; 14. e, por meio dos sinais que lhe foi permitido fazer na presença da besta, enganava os que habitavam sobre a terra e lhes dizia que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia. 15. Foi-lhe concedido também dar fôlego à imagem da besta, para que a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.
As mentiras da besta e do falso profeta testarão o mundo. Todos serão julgados por sua resposta à "da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para pôr à prova os que habitam sobre a terra" (Apocalipse 3:10). O apóstolo Paulo advertiu sobre esse período em 2 Tessalonicences 2:1-10. Uma outra advertência aparece em Apocalipse 14:9 e 10: "Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal [demonstrar lealdade] na fronte [nas coisas que ele acredita] ou na mão [nas coisas que ele faz], 10. também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se acha preparado sem mistura, no cálice da sua ira".
O reino da besta Anticristo será um tempo de teste, decisão e julgamento de todos os homens. Não é de se surpreender que Cristo tenha advertido "23. Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! Não acrediteis; 24. porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos".
O Apocalipse 16 mostra que a besta Anticristo e o falso profeta reunirão enormes exércitos em Armagedon (situado perto de Jerusalém) em uma tentativa de impedir o verdadeiro retorno de Cristo. O Apocalipse 19 descreve a sua destruição:
19. E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos para fazerem guerra àquele [Cristo] que estava montado no cavalo, e ao seu exército [os fiéis ressuscitados estarão com Ele], 20. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta que fizera diante dela os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e os que adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre [eles foram permanentemente destruídos].
Depois de derrotar a besta e os exércitos reunidos, Cristo estabelece o Reino de Deus em autoridade física sobre o mundo inteiro. "O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos" (Apocalipse 11:15). O capítulo 20 do Apocalipse e muitas outras profecias descrevem o Reino de Deus. Algumas dessas profecias serão analisadas mais adiante neste site, quando do estudo das promessas de Deus.
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Mateus 24 mostra que a humanidade chegará à beira da autodestruição antes da "tribulação tão grande" ser "abreviada" pela intervenção divina. Parece que Deus parará a guerra furiosa com eventos astronômicos que inspirarão temor. Esses eventos mostrarão ao mundo que Deus é real e terá, em breve, controle total dos assuntos humanos.
Por que Deus espera até que estejamos prestes a nos destruir? Isso provará uma coisa: por nossa própria conta, sem Deus, não podemos e não encontraremos a paz. Deus está deixando que provemos isso a nós mesmos. Não acreditaríamos de outra forma. Somos livres para experimentar qualquer esquema filosófico, político e social que possamos criar. Podemos usar a tecnologia de todas as maneiras que quisermos. Apesar de nossa tecnologia poder ser ótima, ela não nos salvará de nós mesmos. Precisamos de Deus para alcançar a plenitude espiritual e a paz. Sem Deus, nós nos conduziremos à nossa própria destruição. Com Deus, e no Reino de Deus, encontraremos a paz e a satisfação que nos abandonou:
Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte [reino] porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar. (Isaías 11:9)
Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira, e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os espante, porque a boca do Senhor dos exércitos o disse. (Miquéias 4:4)

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