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sábado, 19 de dezembro de 2009

Posted by Grupo de coroinhas São Domingos Sávio On 08:28 0 comentários

Natal

A história dá-nos os anos de 6 ou 5 aC como data provável do nascimento de Jesus. O fato de o Senhor ter nascido AC, se deve a um erro de cálculo. Dionysius Exiguus, um monge Romano do séc. VI, falhou no cálculo dos anos da sua era Cristã. Ele colocou o nascimento de Cristo pelo menos 5 ou 6 anos tarde demais. Devido a este fator a data de nascimento deve ser 5 ou 6 a.C.

Jesus nasceu em 25 de dezembro? Pouco provável. O inverno era chuvoso e gelado na Judéia no mês de dezembro. É improvável que os pastores passassem uma noite de dezembro em campo aberto. Mas, provavelmente o nascimento do Senhor tenha ocorrido na primavera, época, quando as noites são frescas e os pastores ficam acordados apascentando as ovelhas nos campos.

Natal, a origem:
A celebração do Natal antecede o cristianismo em cerca de 2000 anos. Tudo começou com um antigo festival mesopotâmico que simbolizava a passagem de um ano para outro, o Zagmuk. Para os mesopotâmios, o Ano Novo representava uma grande crise. Devido à chegada do inverno, eles acreditavam que os monstros do caos enfureciam-se e Marduk, seu principal deus, precisava derrotá-los para preservar a continuidade da vida na Terra. O festival de Ano Novo, que durava 12 dias, era realizado para ajudar Marduk em sua batalha. A tradição dizia que o rei devia morrer no fim do ano para, ao lado de Marduk, ajudá-lo em sua luta. Para poupar o rei, um criminoso era vestido com suas roupas e tratado com todos os privilégios do monarca, sendo morto e levando todos os pecados do povo consigo. Assim, a ordem era restabelecida. Um ritual semelhante era realizado pelos persas e babilônios. Chamado de Sacae, a versão também contava com escravos tomando lugar de seus mestres.
A Mesopotâmia inspirou a cultura de muitos povos, como os gregos, que englobaram as raízes do festival, celebrando a luta de Zeus contra o titã Cronos. Mais tarde, através da Grécia, o costume alcançou os romanos, sendo absorvido pelo festival chamado Saturnalia (em homenagem a Saturno). A festa começava no dia 17 de dezembro e ia até o 1º de janeiro, comemorando o solstício do inverno. De acordo com seus cálculos, o dia 25 era a data em que o Sol se encontrava mais fraco, porém pronto para recomeçar a crescer e trazer vida às coisas da Terra.
Durante a data, que acabou conhecida como o Dia do Nascimento do Sol Invicto, as escolas eram fechadas e ninguém trabalhava, eram realizadas festas nas ruas, grandes jantares eram oferecidos aos amigos e árvores verdes - ornamentadas com galhos de loureiros e iluminadas por muitas velas - enfeitavam as salas para espantar os maus espíritos da escuridão. Os mesmos objetos eram usados para presentear uns aos outros.
Apenas após a cristianização do Império Romano, o 25 de dezembro passou a ser a celebração do nascimento de Cristo. A maior parte dos historiadores afirma que o primeiro Natal como conhecemos hoje foi celebrado no ano 336 d.C.. A troca de presentes passou a simbolizar as ofertas feitas pelos três reis magos ao menino Jesus, assim como outros rituais também foram adaptados e cristianizados.

As origens dos símbolos natalinos (renas, trenó, duendes, arvores, presentes, etc.) são seculares e possuem como fundamento, diversas lendas pagãs; representavam a forma das religiões não cristãs cultuarem suas divindades.

Papai Noel, a origem:
A crença no Papai Noel, tem origem na Igreja Católica, como uma homenagem prestada ao padre Saint Claus, que conforme relatos, em data próxima ao natal, distribuía entre a população presente. Inclusive, nos Estados Unidos, o Papai Noel é conhecido por: “Santa Claus”.O bom velhinho, sutilmente toma para si, atributos exclusivos do Todo Poderoso, por exemplo:

a) Onisciência – Conhece cada criança e seu comportamento. E poderosamente conhece o pedido de cada uma.
b) Onipresença – Numa única hora, consegue estar em todos os lugares, na difícil missão de descer pela chaminé e deixar o presente.
c) Onipotência – Tem poder para Julgar , fazer renas voarem e ainda para controlar o tempo.
d) Eternidade - É sempre o mesmo por séculos.

Papai Noel, Uma lenda cercada de mistério e magia
Quem nunca acreditou em Papai Noel? Um velhinho com roupas vermelhas, barba branca, cinto e botas pretos que passa de casa em casa para deixar presentes às famílias. De geração em geração, a lenda do Santa Clauss ganha mais realidade no mês de dezembro, quando o mundo celebra o nascimento de Jesus Cristo. Será que ele existe? Será lenda? Bem, isso depende de cada um. Mas diz a história que o bom velhinho foi inspirado na figura de um bispo que de fato existiu.

São Nicolau nasceu no século 3, em Patras, na Grécia. Quando seus pais morreram, ele doou todos os seus bens e optou pela vida religiosa. Com apenas 19 anos, foi ordenado sacerdote e logo tornou-se arcebispo de Mira. Dizia-se que na cidade em que ele nasceu viviam três irmãs que não podiam se casar por não ter dinheiro para o dote. O pai das meninas resolveu, então, vendê-las conforme fossem atingindo a idade adulta. Quando a primeira ia ser vendida, Nicolau soube do que estava acontecendo e, em segredo, jogou através da janela uma bolsa cheia de moedas de ouro, que foi cair numa meia posta para secar na chaminé. A mesma coisa aconteceu quando chegou a vez da segunda. O pai, afim de descobrir o que estava acontecendo, permaneceu espiando a noite toda. Ele então reconheceu Nicolau, e pregou sua generosidade a todo o mundo.

A fama de generoso do bom velhinho, que foi considerado santo pela Igreja Católica, transcendeu sua região, e as pessoas começaram a atribuir a ele todo tipo de milagres e lendas. Em meados do século 13, a comemoração do dia de São Nicolau passou da primavera para o dia 6 de dezembro, e sua figura foi relacionada com as crianças, a quem deixava presentes vestido de bispo e montado em burro. Na época da Contra-reforma, a Igreja católica propôs que São Nicolau passasse a entregar os presentes no dia 25 de dezembro, tal como fazia o Menino Jesus, segundo a tradição destes tempos e que ainda hoje continua em alguns pontos da América Latina.

Os holandeses, no século 17, levaram para os Estados Unidos a tradição de presentear as crianças usando a lenda de São Nicolau - a quem eles chamavam Sinter Klaas. Os verdadeiros impulsores do mito de Santa Claus - nome que o Papai Noel recebeu nos Estados Unidos - foram dois escritores de Nova York. O primeiro, Washington Irving, escreveu em 1809 um livro em que São Nicolau já não usava a vestimenta de bispo, transformando-o em um personagem bonachão e bondoso, que montava um cavalo voador e jogava presentes pelas chaminés. Em 1823, um poema de um professor universitário, Clement C. Moore, enalteceu a aura mágica que Irving havia criado para a personagem, trocando o cavalo branco por renas que puxavam um trenó.

Ao longo do século 19, Santa Claus foi representado de muitas maneiras. Ele teve diferentes tamanhos, vestimentas e expressões, desde um gnomo jovial até um homem maduro de aspecto severo. Em 1862, o desenhista norte-americano de origem alemã Thomas Nast realizou a primeira ilustração de Santa Claus descendo por uma chaminé, embora ainda tivesse o tamanho de um duende. Pouco a pouco ele começa a ficar mais alto e barrigudo, ganhar barba e bigode brancos e a aparecer no Pólo Norte.

O símbolo de Santa Claus foi logo utilizado pela publicidade comercial. Em 1931, a Coca-Cola encomendou ao artista Habdon Sundblom a remodelação do Santa Claus de Nast para torná-lo ainda mais próximo. Sundblom se inspirou em um vendedor aposentado e assim nasceu - de uma propaganda da Coca-Cola! - o Papai Noel que a gente conhece.

Árvore de Natal, a origem:
A origem da árvore de Natal é mais antiga que o próprio nascimento de Jesus Cristo, ficando entre o segundo e o terceiro milênio A.C.. Naquela época, uma grande variedade de povos indo-europeus que estavam se expandindo pela Europa e Ásia consideravam as árvores uma expressão da energia de fertilidade da Mãe Natureza, por isso lhes rendiam culto.
O carvalho foi, em muitos casos, considerado a rainha das árvores. No inverno, quando suas folhas caíam, os povos antigos costumavam colocar diferentes enfeites nele para atrair o espírito da natureza, que se pensava que havia fugido.
A árvore de Natal moderna surgiu na Alemanha e suas primeiras referências datam do século 16. Foi a partir do século 19 que a tradição chegou à Inglaterra, França, Estados Unidos, Porto Rico e depois, já no século 20, virou tradição na Espanha e na maioria da América Latina.

Presépio, a origem:
As esculturas e quadros que enfeitavam os templos para ensinar os fiéis, além das representações teatrais semilitúrgicas que aconteciam durante a missa de Natal serviram de inspiração para que se criasse o presépio, que hoje é uma tradição na Itália, na Espanha, na França, no Tirol austríaco, na Alemanha, na República Checa, na América Latina e nos Estados Unidos.
A tradição católica diz que o presépio surgiu no século 13, quando São Francisco de Assis quis celebrar um Natal o mais realista possível e, com a permissão do papa, montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, um boi e um jumento vivos perto dela. Nesse cenário foi celebrada em 1223 a missa de Natal. O sucesso dessa representação do presépio foi tanta que rapidamente se estendeu por toda a Itália. Logo se introduziu nas casas nobres européias e de lá foi descendo até as classes mais pobres.
Na Espanha, a tradição chegou pela mão do monarca Carlos III, que a importou de Nápoles no século 18. Sua popularidade nos lares espanhóis e latino-americanos se estendeu ao longo do século 19 e na França não o fez até inícios do século 20.

Enfeites de Natal, o significado:
As bolas e estrelas que enfeitam a árvore de Natal representam as primitivas pedras, maçãs ou outros elementos que no passado enfeitavam o carvalho precursor da atual árvore de Natal. Cada um desses enfeites tem em si um significado.
Antes de que fossem substituídas por lâmpadas elétricas coloridas, as velas eram enfeites comuns nas árvores e simbolizam a purificação, com a chama sendo acesa como a representação de Cristo, a luz do mundo. As ferraduras são um clássico amuleto que atrai a boa sorte.
As habituais pinhas se utilizam como um símbolo da imortalidade e os sininhos como mostra do júbilo natalino. As maçãs e as bolas de cores, sua mais tradicional variante, desenvolvidas pelos sopradores de vidro da Boêmia do século 18, são signos que atraem de abundância.
Finalmente, as estrelas anunciam os desígnios de Deus. Segundo conta a Bíblia, cada estrela tem um anjo que vela por ela, crença que suporta a antiga idéia de que cada uma das que povoa o firmamento é em si mesma um anjo. A que se põe no alto da árvore de Natal refere-se à de Belém.

Missa do Galo, a origem:
É com o nome de Missa do Galo que se conhece a missa celebrada na noite de Natal. Sua denominação provém de uma fábula que afirma que foi esse animal o primeiro a presenciar o nascimento de Jesus, ficando encarregado de anunciá-lo ao mundo. Até o começo do século 20 era costume que a meia-noite fosse anunciada dentro do templo por um canto de galo, real ou simulado.
Essa missa apareceu no século 5 e, a partir da Idade Média, transformou-se em uma celebração jubilosa longe do caráter solene com que hoje a conhecemos. Até princípios do século 20, perdurou o costume de reservar aos pastores congregados ali o privilégio de serem os primeiros a adorarem o Menino Jesus. Durante a adoração, as mulheres depositavam doces caseiros, que logo trocavam por pão bento ou Pão de Natal.
Era também costume reservar um pedaço deste pão como amuleto, ao qual só se podia recorrer em caso de doença grave. Outra tradição que perdurou é a de estrear nessa noite uma peça de roupa com a qual se afastava o demônio.
Em algumas regiões, esta missa se celebra durante as primeiras horas do dia. Na maioria dos países da América de língua espanhola é tradição que toda a família acuda a ela unida e para os panamenhos é o momento mais importante das festas.

Esta palavra é direcionada aos “cristãos evangélicos”:
Irmãos, é inadmissível a existência dos símbolos natalinos (árvores, enfeites; coroas; Papai Noel; presépios; anjos; etc.) em nossos lares. São oriundos do paganismo e ou catolicismo e destoam profundamente dos ensinos expressos na Bíblia. Todos os nossos atos devem visar à honra e a glória de nosso Mestre, a entrada dos símbolos natalinos em nossas casas nos afasta da verdade divina.

Como devemos ver o natal?
Encare o natal como uma “data simbólica”, mundialmente aceita em comemoração ao nascimento do Senhor Jesus e apenas isto!
Não participe dos costumes e práticas comuns àqueles que continuam a andar conforme seus próprios impulsos, na ignorância espiritual.

Quanto às crianças, é urgente ensiná-las que tudo isto é uma prática comum às demais religiões, não aconselhável aos seguidores das verdades expressas na Bíblia, não é uma fonte de bênção para nossa vida. Cultivar a idéia da existência do Papai Noel, certamente é loucura diante do Eterno. E, não procure justificativas para manter viva em seu lar ou igreja as tradições natalinas. Lembre-se, que todas as práticas pagãs são contrárias aos princípios do Senhor, inclusive, as adaptadas ao cristianismo.

Verdadeiramente, o dia de nosso Senhor Jesus, é aquele consagrado para servi-LO e honrá-LO. E isto quando é feito com o coração puro e santo, sobe diante do trono, como aroma suave e agradável.

Ao ler esta mensagem, é provável que a denomine de inconsistente, devido a não citação de textos bíblicos, irmãos o tema é tão claro e óbvio que é desnecessário. No entanto, gostaria que você fosse espiritual o suficiente para deixar o Espírito Santo ministrar em teu coração. Não lute contra a verdade explicita do Senhor e não seja partidário daqueles que levados pela carne (desejos, emoções, tradições, etc.) logo declaram: “Não tem nada a ver!” e como cegos que são, compartilham dos mesmos costumes comuns aos que vive uma realidade não bíblica.

Em nossos dias o natal, de certa forma, continua representando uma festa pagã, declaradamente dedicada ao consumismo, para alegria do comércio.

Eu não sou contra a realização de cultos no dia 25 de dezembro. Devemos honrar e louvar o Senhor Jesus todos os dias do ano, inclusive, no data simbolicamente dedicado ao Seu nascimento. Mas, sou profundamente contrário à importação de costumes e práticas sabidamente anti-bíblicas e a sua inclusão na igreja de Cristo Jesus.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Posted by Grupo de coroinhas São Domingos Sávio On 09:06 0 comentários

Jesus na nossa vida


A publicação em Portugal do recente livro de Bento XVI sobre a pessoa de Jesus é uma ocasião propícia para reflectir sobre o que Ele representa para nós.
Mas antes disso, uma série de perguntas pode ajudar-nos a percorrer o caminho de uma resposta que se pode apresentar tão inquietante quanto consoladora: o que conheço da vida de Jesus? Já li os evangelhos? Sinto-me familiarizado com as suas palavras? Compreendo o significado dos seus gestos? Percebo o alcance do seu amor por nós? Dialogo com Jesus? Rezo-Lhe? Compreendo que a maior prova de amor que a humanidade conheceu aconteceu na cruz? Apercebo-me que represento Cristo quando me apresento como cristão? Tenho consciência que quando comungo o Corpo de Cristo torno-me em seu sacrário? Confio N'Ele a ponto de deixar de lado as minhas ideias e seguranças?
Desde o nosso baptismo que Jesus faz parte da nossa vida. Com ele aprendemos a rezar, a dar valor ao que interessa, a amar os que nos querem bem e os que nos querem mal, a saber perdoar, a cultivar a bondade nos gestos e palavras, a combater a injustiça, a socorrer os mais necessitados e a construir a paz.
Com frequência acontece-nos que o que é essencial fica esquecido na quotidianidade. E outras vezes só quando nos falta o que damos por adquirido é que percebemos a sua importância na nossa vida.
A breve história anónima que vos proponho de seguida pode ajudar-nos a compreender o amor de Cristo por nós e o quanto a sua presença por vezes nos passa despercebida:
«Um excelente nadador tinha o costume de correr até à água e de molhar apenas o dedo grande do pé antes de mergulhar. Alguém intrigado com aquele comportamento, perguntou-lhe qual a razão daquele hábito.
O nadador sorriu e respondeu: "Há alguns anos eu era professor de natação. Ensinava a nadar e a saltar do trampolim. Certa noite, eu não conseguia dormir, e fui até à piscina para nadar um pouco. Não acendi a luz porque a lua brilhava através do tecto de vidro da piscina. Quando estava no trampolim, vi a minha sombra na parede da frente. Com os braços abertos, a minha imagem formava uma magnífica cruz. Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando a minha imagem. Nesse momento pensei na cruz de Jesus Cristo e no seu significado. Eu não era cristão, mas quando era criança ouvi dizer que Jesus tinha morrido na cruz para nos salvar pelo seu precioso sangue. Naquele momento as palavras daquele ensinamento vieram-me à mente e fizeram-me recordar o que tinha aprendido sobre a morte de Jesus. Não sei quanto tempo fiquei ali parado com os braços estendidos. Finalmente desci do trampolim e fui até à escada para mergulhar na água. Desci a escada e os meus pés tocaram no piso duro e liso do fundo da piscina. Tinham esvaziado a piscina e eu não tinha percebido. Tremi todo e senti um arrepio nas costas. Se eu tivesse saltado seria o meu último salto. Naquela noite a imagem da cruz na parede salvou a minha vida. Fiquei tão agradecido a Deus, que ajoelhei-me na berma da piscina, pedi perdão dos meus pecados e entreguei-me a Cristo, consciente de que foi exactamente numa cruz que Jesus morreu para me salvar. Naquela noite fui salvo duas vezes e, para nunca mais me esquecer, sempre que vou à piscina molho o dedo do pé antes. Deus tem um plano na vida de cada um de nós e não adianta querermos apressar ou atrasar as coisas pois tudo acontece no seu devido tempo e esse tempo é o tempo de Deus e não nosso".»

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Posted by Grupo de coroinhas São Domingos Sávio On 13:24 0 comentários

Como a fé influencia sua vida




A cura de doenças, o sucesso no trabalho, a felicidade no amor, a inspiração das artes, a solução da crise econômica e o sentido da vida podem ser apenas uma.
por Edmundo Clairefont"Todos de pé." O padre Anísio Baldessin solta a ordem em direção ao grupo de 11 enfermos distribuídos nas fileiras de bancos à sua frente. Vestidos com aventais azul-claros, pulseiras de plástico com seus nomes e o tipo de sangue atadas ao pulso, três deles não têm força para levantar. Com os olhos cerrados, permanecem quase imóveis em cadeiras de rodas. E começam a rezar, na tentativa de se apegar à vida que insiste em acabar. Todos passaram ou passarão nos próximos dias por delicadíssimos procedimentos cirúrgicos: uma desobstrução coronária, uma intervenção torácica, um transplante. São 11h da manhã de um domingo, e na capela do Instituto do Coração de São Paulo, o InCor, não existe espaço para pequenas esperanças e desejos mundanos. Existe fé, muita fé.
Desde 2000, mais de 6.000 estudos foram publicados sobre a relação entre religião e saúde "Comovente, não é?", diz o capelão de 45 anos após encerrar a missa. "Eles precisam lidar com a doença, com a dor, com a proximidade da morte. E sabe o que eu digo? Eu digo que rezar ajuda. Não tem milagre aqui, mas tem conforto, apoio e esperança. E você percebeu como eles saíram mais tranquilos, confortáveis, agradecidos?"Há 17 anos percorrendo todos os dias as alas do complexo do Hospital das Clínicas, onde fica o InCor, o padre participa de um dos raros momentos em que religião e ciência afastam suas diferenças para concordar: ter fé faz bem à saúde. Católicos, judeus, hindus, espíritas, budistas, evangélicos, agnósticos... Não importa a religião - ou a falta de. Basta crer.
Pessoas que praticam meditação (processo semelhante a uma oração profunda) por um período superior a 15 anos têm os lobos frontais exercitados. O melhor funcionamento dessa região cerebral ajuda a aperfeiçoar a memória De 2000 para cá, mais de 6.000 trabalhos sobre o tema foram publicados nos Estados Unidos. São documentos que professam o poder da crença e do auxílio religioso sobre a saúde combalida. Lançam dados impressionantes, como um estudo da Universidade de Pittsburgh que mostra o aumento de três anos na expectativa de vida de quem frequenta a igreja. Ou outro que aposta na redução dos níveis de cortisol, o hormônio associado ao estresse, em indivíduos religiosos. Pessoas que praticam meditação, processo físico semelhante ao da oração profunda, colocam para funcionar uma região do cérebro chamada de lobo frontal, conhecida também por aprimorar a memória.No Canadá, cientistas da Universidade de Toronto afirmam que acreditar em Deus reduz a ansiedade. Uma pesquisa comandada pela Universidade de Miami sinalizou que portadores do HIV com alguma crença espiritual apresentam níveis maiores das células de imunidade CD4.
Aquele que tem ciência e arte tem também religião; o que não tem nenhuma delas que tenha religião!Goethe, escritor (1832)São trabalhos controversos. A oposição científica, religiosa e intelectual atira seus dardos em direção a questões éticas, à validade e aos procedimentos utilizados. Tenta pôr em xeque a união da medicina e da religião. Alerta para a redução da fé a processos químicos e impulsos elétricos. Questiona a utilidade de conectar duas áreas que correm separadas, porque atendem a ramos distintos da experiência humana. E pergunta: o.k., são lindas as imagens do cérebro ativado por uma oração profunda. Mas o que queremos com isso? Que utilidade terá para a medicina saber que uma parte da nossa massa cinzenta pisca quando rezamos?TER FÉ É COISA DA SUA CABEÇAO mapeamento da atividade cerebral durante a experiência religiosa foi o ponto de partida para as conclusões registradas por Andrew Newberg, professor de radiologia, psicologia e estudos religiosos da Universidade da Pensilvânia, no livro Why God Won't Go Away (Por que Deus Não Vai Embora, inédito no Brasil).
"Deus é um conceito com o qual medimos a nossa dorEu não acredito em mágicaEu não acredito em I-ChingEu não acredito na BíbliaEu não acredito em tarôEu não acredito em HitlerEu não acredito em JesusEu não acredito em KennedyEu não acredito em BudaEu não acredito em mantraEu não acredito em GitaEu não acredito em iogaEu não acredito em reisEu não acredito em ElvisEu não acredito em BeatlesEu só acredito em mim.Em Yoko e em mim.E essa é a realidadeO sonho acabou.O que eu posso dizer?"
John Lennon, músico (1970)Ele reuniu um grupo de freiras franciscanas e monges tibetanos e analisou como o cérebro desses indivíduos reagia durante os períodos de reza e profunda concentração. Notou um aumento na atividade do lobo frontal e uma redução na do lobo parietal, área que comanda a orientação espacial. Esse fenômeno seria a origem das sensações divinas, extracorporais.O professor sugere que o corpo humano estaria equipado para a religião. "Esses mecanismos foram adotados durante a evolução. As crenças e atos religiosos seriam benéficos para o organismo", diz ele no livro. A fé acabaria responsável por formar grupos, minorar o isolamento e disseminar hábitos positivos. Ou seja, colocar um pouco de ordem na sociedade.
Uma pesquisa da Universidade de Miami sinalizou: portadores do vírus HIV que afirmam ter uma crença espiritual apresentam níveis maiores das células de imunidade CD4.Comparar-se a um ser superior, ser feito a sua imagem e semelhança, teria inevitáveis e vantajosas consequências no jeito com que o homem se enxerga no espelho e dentro do mundo. Em como ele resiste aos anos, ao trabalho, aos perigos físicos, às dores da alma e do corpo. Uma longa lista de questionáveis e não questionáveis benesses comportamentais e existenciais parte dessa linha de pensamento.METADE DOS ANALGÉSICOSO pastor João Silvio Rocha, de 44 anos, é capelão do Hospital das Clínicas de Campinas, no interior de São Paulo. Na companhia de um padre residente, João passa o dia visitando entre 20 e 25 pacientes em seus leitos.
A Universidade de Duke reuniu 595 doentes, todos com mais de 55 anos e religiosos, e lhes perguntou se sua condição era uma "punição de Deus". No grupo dos que acreditavam na ideia do castigo divino, a taxa de mortalidade foi 28% maiorEle diz que, além de contar com a simpatia dos médicos, a sua presença traz uma sensível melhora no humor e na disposição dos enfermos. Houve uma vez em que o pastor e o padre foram até o setor de oncologia. Era dia de celebrar aniversários, comer bolo, tomar refrigerante e suco. Os dois falaram com os doentes e distribuíram bênçãos. Ao final, rezaram todos. Na tarde seguinte, uma enfermeira fez chegar ao ouvido dos dois: "Depois que vocês visitam os pacientes aquilo vira um silêncio, uma tranquilidade. Usamos metade dos analgésicos de um dia comum".
A Universidade de Duke fez outra pesquisa: mediu o índice de interleucina-6 (uma proteína associada ao funcionamento do sistema imunológico) em um grupo de pessoas. O nível da substância foi maior entre aqueles que mantinham hábitos religiosos. Ou seja: a resistência a doenças era maior Professor de medicina comportamental da Universidade de Columbia, nos EUA, o psiquiatra Richard Sloan explica que esse tipo de percepção é dúbia. "A experiência da enfermeira é puramente casual", afirma. Sloan lançou no ano passado o livro Blind Faith: The Unholy Alliance of Religion and Medicine (Fé Cega: A Profana Aliança entre a Religião e a Medicina, inédito no Brasil), em que compilou os porquês e os senões de tratar a crença do paciente como uma ferramenta medicinal.
"Três quartos das demandas existentes no mundo são românticas; baseadas em visões, idealismos, esperanças e afeições; e a regulagem da bolsa é, em essência, a regulagem da imaginação e do coração."John Ruskin, crítico de arte (1862) "Na neurologia não existe nada que prove que rezar cure mais que qualquer outro tipo de estímulo cerebral positivo", diz a neurologista Elizabeth Quagliato, professora da Faculdade de Medicina da Unicamp. "Não se trata de afirmar que a religião pode ou não pode ser fisicamente boa. Claro que ela é. Ela nos deixa mais serenos, diminui a ansiedade e a tensão em situações extremas como as que se vive em um hospital. Mas, nesse sentido, ela funciona como mais um entre tantos outros estímulos que o cérebro recebe o tempo inteiro. E religião não é só isso. Quem não é religioso também se cura."
"Eu estou convencido de que a partir de 2010 essa crise já será coisa do passado aqui e em outros países."Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da república (2008)
"A crise não está nem perto do fim."Bruce Scott, Economista (2009)OBAMA E A ECONOMIA DA FÉ Não há a menor chance de negar que o planeta vive a marola de uma crise. Quando o novo presidente dos Estados Unidos Barack Obama pede fé na recuperação do mercado financeiro, ele personifica e atrai expressões de crença política, ideológica e econômica. O espectro que paira sobre seu governo é curioso. A edição 583 da revista Amazing Spider Man trouxe o político como estrela de uma aventura do Homem-Aranha. Sua aparição na aventura de cinco páginas fez com que o título liderasse em janeiro o mercado americano de quadrinhos. As vendas escalaram o teto dos 350 mil exemplares, o melhor desempenho do gibi em 15 anos.
Estudo da Universidade de Toronto, no Canadá, afirma que acreditar em Deus reduz o estresse e a ansiedade
Imagens das reações cerebrais diante de situações de tensão mostravam nos ateus maior atividade do córtex cingulado anterior. A região libera sinais para que o comportamento seja alterado. Conclusão: quem acredita em Deus é mais tranquilo ao processar esses estímulos e reage a um erro com menos urgênciaNo dia de sua posse, 1,8 milhão de pessoas compareceram ao memorial a Abraham Lincoln, em Washington. A multidão, que superou o 1,2 milhão de pessoas que Lyndon Johnson reuniu em 1965, enfrentou os 3 0C negativos porque acredita em Obama. Gente que foi ouvi-lo "agradecer a confiança depositada em mim". Gente que crê no democrata para soprar "as nuvens acumuladas e as tempestades assoladoras do porvir".E quando ele promete combater "o enfraquecimento da confiança em nosso país" - um medo angustiante de que o declínio da América seja inevitável e de que a próxima geração seja obrigada a reduzir suas expectativas -, o que ele diz é que "estamos reunidos neste dia porque optamos pela esperança em lugar do medo". No Brasil, a Fundação Getulio Vargas é a responsável por colher e compilar dados como o Índice de Confiança do Consumidor. A sondagem chegou em fevereiro a seu menor nível desde 2005, com 94,6 pontos.
Doentes internados que dizem ter fé apresentam o organismo com presença reduzida de cortisol, o hormônio associado ao estresse. Uma menor concentração da substância diminui a pressão sanguínea, estimula a imunidade e regula o nível de açúcar no sangue
A Universidade de Indiana fez levantamento em um centro de oncologia e ouviu de 75% dos pacientes que "É muito útil" quando os médicos conversam com eles sobre questões religiosas "Esse indicador captura a crença de que a economia vai melhorar ou piorar. É um índice estritamente subjetivo, que mesura percepções", diz o economista da casa, Marcos Fernandes. "O funcionamento disso é curioso. Quando os dados são negativos, os agentes do mercado perdem confiança. A economia, sem o crédito do mercado, retrai ainda mais. O consumidor vê isso e faz o quê? Descrê. Um tempo de crise apresenta esse efeito alimentador." Se o mercado, desconfiado, desaquece a economia, que desanima a confiança do consumidor, que esfria o mercado novamente, o que encerra o ciclo? O que faz com que as pessoas vejam o túnel, a luz e a saída? "Você quer a resposta que os economistas acreditam ter? Ninguém sabe. Nem eles."
"Eu estou pedindo que vocês acreditem. Não apenas na minha habilidade de promover mudanças reais em Washington. Eu estou pedindo que vocês acreditem em si mesmos."Barack Obama, presidente dos EUA O que Marcos Fernandes sabe é que um fiapo, uma pequena melhora num indicador, o desempenho mais fresco de algum setor, uma frase de um presidente ou de um ministro pode iniciar a reversão. "E isso não quer dizer que não haja dados, lógica ou ciência na economia. Mas ela funciona, de certa forma, como um organismo. Existem coisas ponderáveis, fixas, e existem variantes, o imprevisível. A fé entra aí", afirma. E é a crença que move empreendedores. Um componente que estimula arriscar, tentar o que não foi feito. No saldo, resulta em novas tecnologias e em novos produtos. Em oferta e venda. "Essas pessoas não são loucas. Elas têm dados, informações. Mas, num organismo complexo, há uma quantidade enorme de elementos. E o que permite alguém definir, acreditar qual será o seu caminho nele, é a fé. Nesse sentido, ela é muito positiva. Faz girar a engrenagem da economia."
O QUE A CIÊNCIA QUER?Richard P. Sloan, psiquiatra da universidade de Columbia
"Se pegarmos a colossal quantidade de estudos sobre a aproximação da religião com a medicina, dá para dizer de cara que a maioria é pobre em rigor científico. Outro ponto fácil de notar é que muitos deles foram divulgados em publicações com pouquíssimo lastro, de modo que não merecem muita consideração. Mesmo assim, alguns desses trabalhos andam sendo bastante comentados, discutidos. Revistas e jornais do mundo inteiro têm dedicado várias de suas páginas a explorar o tema. É impossível num espaço pequeno analisar cada um deles. As questões sobre a relação entre ciência e crença eu aprofundo em meu último livro. Em linhas gerais, o que se vê são resultados inconclusivos e suposições. Não existem pesquisas sistemáticas que mostrem, por exemplo, que as atividades de um padre, ou de outra figura religiosa, tenham algum efeito real de cura na saúde física. A religião pode ajudar a superar um desconforto, a lidar com um momento difícil. E daí acontecer de os pacientes se sentirem melhores, mais confiantes. O problema é que isso não é o mesmo que dizer que existe uma influência física entre rezar e se curar. Outro tema: quando vejo as imagens do cérebro em atividade durante uma oração profunda, eu olho lindas figuras. O que não vejo é muito sentido em obter essas lindas figuras. Gostaria de entender, precisamente, o que de importante é observado ou aprendido com esse tipo de pesquisa? O que tiramos? O que nos ensina? E como isso se aplica à medicina, à ciência?"A CRENÇA NO TRABALHO O pesquisador Tiago Fuzaro e a professora Elaine Prodócimo, da Faculdade de Educação Física da Unicamp, foram aos números, à prancheta e a um time de futebol profissional feminino para peneirar como a fé se infiltra na formação de relações sociais.
"Sou um crente, pois creio firmemente na descrença. Não creio em Deus, mas sei que Ele crê em mim. Creio que a Terra é chata. Procuro, em vão, não sê-lo. Creio que as paralelas se encontram nos paralelepípedos."Millôr Fernandes, escritor (1968)Questionadas se eram religiosas, e observadas de perto, as atletas forneceram informações de como exibir uma crença, ou a falta dela, é agente determinante da rotina, das amizades e do desempenho no trabalho."As pessoas utilizam a religião como fundamento para definirem sua posição dentro de um grupo", afirma a professora. "Na equipe que estudamos, a maioria era assumidamente religiosa. Notamos a rejeição em relação às que se disseram ateias, mesmo que não inteiramente ditada por questões práticas, como talento e liderança."
"Quando meu amor jura que ela é feita da verdade, acredito, sim, no que diz, embora saiba que está mentindo."Shakespeare, dramaturgo (1609)Diante de problemas que ficam mais evidentes sob a pressão dos jogos, o estudo mostrou que compartilhar um credo era atalho para esmagar os atritos internos e engordar a confiança nas habilidades da companheira. "Tentamos responder se uma jogadora poderia ser preferida pelas suas parceiras por causa de atitudes que indiretamente demonstram fé. E quais características positivas e negativas eram atribuídas a elas", diz.
"Só sei que nada sei."Sócrates, filósofo"A empatia que se forma naturalmente com aquelas que dividiam uma crença se traduzia num ambiente de trabalho mais tranquilo. Elas eram classificadas de 'companheiras', 'pacientes' e 'fiéis'. Já as atletas do grupo minoritário apresentavam mais problemas para realizar as mesmas tarefas. Eram 'falsas', 'arrogantes' e 'egoístas'." ESTALOS DE ARTE O escritor e satírico americano H. L. Mencken (1880-1956) escreveu em 1924 algumas ideias que demonstram a tautologia por trás da palavra fé. Não acreditar em nada é acreditar que não acredita em nada. E isso é ter uma fé. "Já entrei em igrejas mais de uma vez, procurando sinceramente sentir o estalo de que tanto falam os religiosos. Mas nem mesmo na Catedral de São Pedro, em Roma, experimentei o mínimo sintoma. O máximo, no mais solene momento, foi um deleite sensual por sua beleza - um deleite exatamente igual ao que me invade quando ouço Tristão e Isolda, de Wagner, ou a Quarta Sinfonia de Brahms. Os efeitos de tais músicas são, na realidade, mais agudos que o da liturgia, mas só porque Brahms e Wagner me comovem mais poderosamente que os santos."
Estudo da Universidade de Pittsburgh indica que pessoas que frequentam igrejas vivem 2 a 3 anos a mais que aqueles que não declaram hábitos religiosos. O mesmo trabalho exibe uma comparação: praticar exercícios aumenta a expectativa de vida de 3 a 5 anosNas artes, o ato de depositar total crédito em algo ou alguém é um motor potente. A música que convocou os estalos de Mencken foi capaz de sustentar outros movimentos. Não é possível pensar no punk sem adicionar uma colher de crença política, mesmo que em uma anarquia fajuta. Tampouco revistar o rock psicodélico dos anos 60 sem encontrar em seu bolso a confiança absoluta de que certas fumaças e substâncias químicas eram a porta para outro tipo de percepção da realidade. Ou ainda mergulhar até o pescoço nas ondas da bossa nova sem acreditar no amor eterno de um Vinicius de Moraes.
92,6% dos brasileiros disseram ao Censo de 2000 que são religiosos. A expectativa de vida no País é de 71,71 anos
85% dos suecos não acreditam em Deus, mostra estudo do sociólogo Phil Zuckerman, autor do livro Invitation to the Sociology of Religion (Convite à Sociologia da Religião). A expectativa de vida no país é de 80,74 anos"A fé não é uma abstração", afirma o historiador da Unicamp Leandro Karnal. "É uma expressão muito concreta que produz coisas reais. Produz fatos econômicos, arquitetura e arte. Produz relações sociais, felicidade e infelicidade. É um fenômeno riquíssimo. Trabalhar com a fé é trabalhar com uma das questões mais complexas e importantes da história humana."
"EU NÃO ACREDITO NESSAS REPORTAGENS...
...e acho uma bobagem a maioria dos estudos que querem dizer que a fé religiosa ajuda a curar. É misturar alhos com bugalhos. Há diversos pontos fracos nos levantamentos dessas universidades, na confusão de conceitos que pesquisadores e revistas espalham ao tomar a palavra fé. Como entrar com as ferramentas da ciência, que trabalha num campo de comprovação, em uma área que simplesmente despreza provas? Vamos imaginar o seguinte: pegue a fé em Deus. Um sujeito que crê nisso. Na cabine ao lado, vamos trancar alguém confiante em si, que tem fé em sua capacidade. E daí, digamos que consigamos estimular, de algum jeito, um sujeito para 'crer mais em Deus' e o outro para 'ser mais confiante'.Agora, imagina que esse sujeito confiante apresenta qualquer tipo de vantagem sobre o cara da cabine que acredita em Deus. A gente conclui o quê? Levantamos a hipótese de que uma 'dose maior de confiança em si' é melhor do que uma 'dose a mais de Deus'? Não faz sentido. Como damos uma dose a mais dessas coisas?Sabe o que a ciência pode fazer por nós? Ela pode ser mais modesta e aceitar que não entendemos zilhões de coisas. Essa fé grandiosa, a religião, exige uma humildade para dizer que 'não sei nada'. O sujeito só sabe que confia Nele. Ele suspende o intelecto. Implica dizer 'eu não vou discutir isso. Eu creio'. Simplesmente não estamos equipados para lidar com essa enormidade de questões. É preciso deixar claro que esse acreditar na religião é totalmente diferente da fé na economia, ou numa arte, num time de futebol, numa corrente política, na ciência. É um erro básico misturar. E se a gente tentar descascar infinitas áreas, obviamente vai ficar nisso para sempre. Nossas relações dependem de confiança, de acreditar. Quando conhecemos alguém e iniciamos uma conversa, é uma fé espontânea. Precisamos crer no que estamos falando e no que estamos ouvindo. Ou a gente não se comunica e passamos a viver embebidos em fé. Mas acho triste e perigosa a mescla de reflexões que fazem. Definitivamente, religião e ciência transitam em territórios distintos. Forçar os limites para encontrar uma explicação em algo que, por princípio, não precisa de uma me parece um indiscutível exercício de perder tempo."
Antônio Flávio Pierucci, professor de sociologia da religião na USP

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Posted by Grupo de coroinhas São Domingos Sávio On 17:23 0 comentários

Maria, Mãe de todos nós

Maria acreditou nas palavras do anjo que dizia que ela seria a Mãe do Salvador. Maria disse SIM aos desígnios do Pai e o Espírito Santo gerou Jesus em seu seio, e assim veio ao mundo a salvação de todos os homens. Maria creu nas palavras do anjo no dia da Anunciação. Maria guardava no coração as palavras dos pastores a respeito dela e do menino. Ouviu as maravilhas que cortaram os que viram os anjos anunciarem a Vinda do Salvador e cantarem:Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados (Lc 2,14).Maria ouviu as palavras de Simão e de Ana no Templo e conservou tudo em seu coração de Mãe. Desde que o anjo disse:Eis que conceberás e darás à luz a um filho e lhe porás o nome de Jesus (Lc 1,31). Maria sentiu realizar-se em seu ser o profundo mistério do Amor de Deus para com o homem. Ela seria a Mãe do próprio Deus feito homem. Realizava-se o mistério da Encarnação e a eternidade entrava na história. Maria era agora a mãe de Jesus, do Menino-Deus anunciado pelo anjo, que trazia para nós a vida eterna.
Durante toda a vida, percebemos que Maria escutou mais do que falou. Escutou o anjo, os pastores, Isabel, os reis magos, Simeão, Ana e, principalmente, José. Mais tarde, começou a escutar o povo de Nazaré, João Batista e os discípulos. Até quando perdeu o Menino, com 12 anos, no Templo, Maria, embora aflita, escutou o que lhe disse Jesus. Em seguida, desceu com eles à Nazaré e lhes era submissa. Sua Mãe guardava todas estas coisas no seu coração (Lc 2,51).
A exemplo de Maria, devemos conservar em nosso coração tudo o que Deus nos revela, quando se trata de preservar o tesouro de Deus, os dons e as graças que Deus nos dá, contra os inimigos que querem destruí-los.
Somos filhos de Deus, mergulhados na morte e ressurreição de Jesus, participantes da herança do Reino. E Jesus nos deu Maria como Mãe, na hora de Sua morte na cruz, para que tivéssemos uma proteção especial que só Mãe pode dar.
Quando Jesus viu sua Mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua Mãe: Eis aí teu filho.Depois disse ao discípulo:Eis aí tua Mãe.E dessa hora em diante o discípulo a levou para casa (Jo 19,26-27).
Maria acompanhou, não só João, mas todos os discípulos que se reuniam no início da Igreja. Estava presente no dia da Ascensão e quando foi derramado o Espírito Santo no dia do Pentecostes.
Na Encarnação, o Espírito Santo gerou Jesus, o Cabeça da Igreja; em Pentecostes, o Espírito Santo gerou à Igreja, o Corpo de Cristo. E ali estava Maria, Mãe da Igreja e Mãe de todos que crêem, intercedendo e se alegrando junto com os discípulos.
Acompanhando seus filhos durante estes 2.000 anos, Maria tem aparecido a muitos e em diversos lugares, principalmente neste século que termina. Sua missão é levar-nos a Jesus e chamar-nos à conversão. Com ternura de Mãe, ensina-nos o caminho de volta quando nos perdemos e mostra à humanidade que é preciso arrepender-se dos pecados e reconciliar-se com Deus. Ensina-nos a rezar, principalmente o Rosário, e a nos aproximarmos dos Sacramentos. Nas principais aparições desde o século passado: Lourdes, Guadalupe, Fátima, Medjugorje, Maria insiste na oração e na confiança em Deus. A ternura de Maria transparece sempre em suas mensagens.
Nas aparições de Medjugorje, as mais longas até hoje, neste momento tão difícil para a humanidade, Maria, como Mãe, nos ensina tudo o que devemos fazer para seguir Jesus.
Eis um trecho da mensagem de Medjugorje, em março deste ano: De modo especial os convido: rezem, porque somente com a oração vocês poderão vencer sua vontade e descobrir a Vontade de Deus, até mesmo nas mais pequeninas coisas… Filhinhos, desejo que vocês se tornem apóstolos do amor: Através de seu amor, filhinhos, se reconhecerá que vocês são Deus!
Doce Coração de Maria, sêde nossa salvação! Mãe de amor, Mãe de Jesus e Mãe de todos nós, ficai conosco e rogai por nós!